O uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial trouxe uma transformação radical na condução dos conflitos armados, pois começava a entrar em cena um elemento capaz de incapacitar e aniquilar exércitos.
Através deste texto, iremos te mostrar o que são essas armas, o porquê de terem sido utilizadas, seus efeitos, e quais países as utilizaram em seus conflitos.
O que são armas químicas?
Armas químicas são produtos químicos com um grande potencial destrutivo pelo efeito nocivo das suas substâncias tóxicas. Também são definidas como armas químicas dispositivos ou munições desenvolvidos exclusivamente para transformar produtos químicos em armas lesivas.
Tanto as armas químicas, biológicas ou nucleares podem ser utilizadas para a destruição em massa. Mas diferentemente das armas biológicas que utilizam-se de toxinas ou patógenos para provocar danos a seres vivos e/ou animais, ou as nucleares que possuem um gigantesco potencial destrutivo, o uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial também foi um instrumento de terror, pois incapacitava os soldados de diferentes e dolorosas maneiras.
Por que elas foram usadas na Primeira Guerra Mundial?
O uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial não foi feito somente para envenenar o exército inimigo nas trincheiras e levar a óbitos. Os gases tóxicos também eram utilizados para instaurar um verdadeiro terror psicológico nas tropas, pois seus efeitos no organismo eram prolongados e dolorosos. O intuito era utilizar os gases para romper com a estagnação dos soldados nas trincheiras e retornar o movimento da guerra
Gases tóxicos que até então não haviam sido utilizados em conflitos armados, passaram a ser aplicados nos campos de batalha durante a Primeira Guerra. Entre eles, os principais foram os gazes: cloro, mostarda e o fosfogênio.
Quais os efeitos das armas químicas?
O uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial funcionou através do envenenamento e os principais efeitos que provocaram iam desde náuseas, vômitos, queimaduras, asfixia, irritações oculares graves e até mesmo hemorragias pulmonares. Na maioria das vezes, essas substâncias estavam presentes em estado líquido e eram pulverizadas no ar. Mas ao serem lançadas no ar, atingiam também quem as disparava, então contaminava grandes áreas.
As consequências do uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial foram devastosas, além das perdas econômicas, um dos principais efeitos e sequelas foram as baixas humanas, cerca de 1,2 milhões de soldados foram feridos e 90 mil vieram a óbito
Como as armas químicas foram usadas na Primeira Guerra Mundial?
Durante a Primeira Guerra Mundial a Alemanha foi uma das primeiras nações a lançar gases tóxicos na direção das tropas inimigas, usou de agentes químicos tais como ácido clorídrico, fosgênio, gás mostarda. Ao longo da guerra, as tropas do exército oposto também começaram a usar as substâncias.
Dessa maneira, o uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial eram lançadas nas trincheiras, local onde os soldados se protegiam do exército inimigo, assim, se pulverizando no ar, formando nuvens tóxicas que envenenavam e provocavam diferentes efeitos, a depender do gás disparado.
Quais os países que usaram armas químicas na Primeira Guerra Mundial?
Dessa forma, o uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial partiu de ambas as nações que conflitavam-se, ou seja, tanto a Tríplice Aliança, bloco composto por Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália, quanto a Tríplice Entente, formada por França, Reino Unido e Rússia usaram gases tóxicos contra seus adversários.
Embora tenha sido o exército alemão um dos primeiros a fazerem o uso de armas químicas na Primeira Guerra Mundial, pois o país foi um dos primeiros a realizar estudos mais aprofundados sobre elas, tendo também um aliado científico – o químico alemão Fritz Harber, um dos pioneiros no desenvolvimento desses gases tóxicos.
Dessa maneira, podemos compreender melhor como a Primeira Guerra Mundial foi marcada em função dos efeitos nocivos e cruéis das armas químicas. Além disso, ela é até hoje considerada uma criação negativa da humanidade, pois além de ter trazido uma destruição em massa, nunca vista na época, até hoje, é vista como uma das grandes ameaças da vida humana como um todo.
