A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro evento histórico que utilizou armas químicas de forma sistemática. Entre os principais componentes do arsenal químico, tinham: gás lacrimogêneo, fosgênio, gás mostarda e cloraminas.
A utilização das armas químicas foi um dos pontos mais emblemáticos desse confronto mundial, juntamente, das trincheiras, aviões e das evoluções de tecnológicas importantes. Assim, conheça mais sobre esse tipo de arma e como elas afetaram a Primeira Guerra Mundial, confira.
Quais armas químicas foram utilizadas na Primeira Guerra?
As armas químicas mais utilizadas na Primeira Guerra Mundial foram: o gás lacrimogêneo, gás mostarda, fosgênio e cloraminas.
Elas foram usadas pela primeira vez em um campo de batalha durante a Primeira Grande Guerra, na qual causaram bastantes estragos. Saiba mais detalhes nos tópicos abaixo:
Gás lacrimogêneo
Formado por diversos compostos químicos que contém agentes lacrimejantes, no qual pode causar vários efeitos ruins aos atingidos por ele, como irritação nos olhos e lacrimação. Mesmo não sendo enquadrada como letal, o seu uso em ambientes fechados pode causar morte aos infectados, por conta de sua alta concentração de compostos químicos.
Gás Mostarda
Também conhecido pelo nome de ipirita, o gás mostarda ocasiona graves lesões nas vias de respiração, gástricas, neurológicas, náuseas, irritação ocular e cegueira temporária, além de quebra dos vasos sanguíneos, que ocasionava em hemorragias gravíssimas.
A contaminação de forma moderada não chega a ser mortal, entretanto, pode ocasionar efeitos cancerígenos e mutagênicos em seus contaminados. Por outro lado, em casos de alta exposição, ela chega a matar por asfixia em até 5 minutos depois do contato.
Fosgênio
Produto químico que quando inalado reage junto das águas nos pulmões para criar o ácido clorídrico, que muitas vezes ocasiona danos nos pulmões, que, consequentemente, leva ao falecimento do indivíduo que o inalou.
Cloraminas
Corresponde a combinação entre o cloro junto dos materiais ambientais e orgânicos, por exemplo: suor, óleos, urina, pólen e protetor solar. Sua contaminação chega ocasionar ressecamento de cabelo, irritação na pele, dor de cabeça, agravamento de alergias e dores fortes no ouvido.
Como mostrado acima, as armas químicas possuíam um grande poder de destruição aos indivíduos contaminados por elas, chegando algumas vezes a alcançar o nível mortal.
Qual foi o efeito das armas químicas na primeira guerra?
Durante o período da Primeira Guerra Mundial, muitos soldados apresentaram efeitos médicos atípicos devido à contaminação com as armas químicas, o que ocasionou bastante controvérsia.
Com a ausência de informações sobre elas, muitos profissionais da medicina ficaram desnorteados, principalmente por não saberem sobre com o que estavam trabalhando. Entre os sintomas mais comuns que eram apresentados, estavam a fadiga crônica e o enfraquecimento da memória até três anos depois da exposição.
Apesar dos efeitos à saúde serem na maioria das vezes de origem crônica, as exposições foram bastante agudas e agravaram algumas complicações que os soldados tinham na época.
Alguns pesquisadores notaram que existia uma correlação entre a exposição que os agentes sofreram e outras doenças, como: leucemia, depressão da medula óssea, disfunção erétil e distúrbios mentais.
Após o término da guerra, parte de 124.200 toneladas de derivados de armas químicas foram liberados, chegando a ocasionar a morte de 90.000 soldados e quase um milhão que ficaram desfigurados, cegos e debilitados.
Por conta dos horrores apresentados pelos usos de armas químicas na primeira guerra, foram criados vários protocolos a fim de proibir sua utilização no campo de batalha. Em 1925, por meio do Protocolo de Genebra, 29 gases venenosos, asfixiantes e bacteriológicos foram vetados de se usar em guerra.
Entretanto, é válido salientar que o Protocolo de Genebra não proibiu a criação, desenvolvimento ou posse de armas químicas, somente a utilização delas dentro do campo de batalha.
Por que as armas químicas foram utilizadas na primeira guerra?
As armas químicas começaram a ser utilizadas na Primeira Guerra Mundial pela Alemanha, para romper o impasse nas trincheiras dos inimigos. Eles aproveitaram que tinham 80% dos recursos químicos do mundo e usaram bastante em prol deles.
Em 1915, durante a Segunda Batalha de Ypres, localizada na Bélgica, os alemães jogaram um gás desconhecido que aparentemente seria uma cortina de fumaça, utilizada para encobrir soldados atacantes, e as tropas aliadas organizaram-se nas trincheiras do front para defender do ataque aguardado.
Entretanto, o gás foi bastante devastador, acabando com vários defensores ou quando se dirigia na direção do vento modificou e soprou o gás novamente de volta, e atingiu muitos soldados da tropa alemã.
Como o gás matou os membros da tropa alemã, por conta do movimento do vento, os alemães tiveram que criar outras formas de usar as armas químicas de maneira que só derrotariam os adversários.
Após o ataque da Alemanha, a França e a Grã-Bretanha quiseram usar do artifício das armas químicas. Eles também criaram as primeiras ferramentas de defesa, como, por exemplo, as máscaras de gás, que reduziram a eficiência mortal dos gases.
O uso das armas químicas foi algo que muitos países achavam viável, principalmente pela facilidade e economia em adquiri-las. Ele era muito efetivo contra as tropas que ficavam escondidas em bunkers e trincheiras, onde conseguiam penetrar esses ambientes e atacar o sistema respiratório dos soldados.
Como as armas químicas afetaram os combatentes da primeira guerra?
Como citado em um dos tópicos anteriores, as armas químicas causaram danos horríveis aos soldados, onde muitos saíram mortos ou até com danos fisiológicos e mentais para vida inteira.
O fato do uso desses componentes serem novidade, fez com que vários médicos não soubessem diagnosticar os pacientes que tinham contato com as armas químicas. Muitos que possuíam problemas crônicos tiveram agravamento deles. No total, até o término da guerra, houve um balanço de 90.000 soldados mortos e quase um milhão de desfigurados, cegos e debilitados.
Que consequências as armas químicas tiveram para a primeira guerra?
O uso de armas químicas durante a primeira guerra trouxe várias consequências para o mundo. Muitos saíram debilitados ou mortos por conta do contato com elas. Por outro lado, o alto dano mostrado pelos gases químicos fez com que surgisse um debate e proibição a respeito da utilização deles em guerras futuras.
Ao decorrer do artigo foi possível observar o quanto as armas químicas foram bastante danosas aos combatentes durante a Primeira Guerra Mundial, fazendo com que muitos saíssem mortos ou debilitados. Mostrou o quão necessário foi a proibição e o freamento do uso desse tipo de armamento no campo de batalha após o fim do evento.
A guerra geralmente é um ambiente hostil e devastador, entretanto, o uso das armas químicas fez com que ela se tornasse mais covarde, acabando com a vida de muitos. Elas se mostravam recursos fáceis, baratos e estratégicos para se usar no campo de batalhas, mas no final, deram consequências horríveis aos que tiveram contato com elas.