A tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra não é dos assuntos mais discutidos ou quase não encontramos estudos sobre o tema na história, não é mesmo? Portanto, vale a nossa discussão de hoje para irmos um pouco mais a fundo sobre a realidade dos prisioneiros de guerra.
Os crimes de guerra são aqueles em que uma parte dos envolvidos no conflito viola leis internacionais, ou os direitos humanos. Praticamente, é quando o ataque é contra pessoas ou materiais que não são militares.
Porém, quando o assunto é tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra, atitudes contra o direito humano, como estupros, as próprias torturas, assassinatos e outros horrores, eram comuns.
Assim como tomamos as milhões de mortes para mensurar a Grande Guerra, devemos também considerar o que aconteceu com os prisioneiros de guerra na Primeira Guerra. Continue a leitura para saber mais sobre o tema!
Por que os prisioneiros de guerra foram torturados durante a Primeira Guerra Mundial?
Durante as muitas batalhas do conflito, a tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra já poderia acontecer no momento em que tais combatentes caiam nas mãos das tropas inimigas.
Além de terem que lidar com as trincheiras, os soldados que se tornaram prisioneiros de guerra, viviam na violência quando cometiam certos delitos. Mas, só pelo fato de serem do lado inimigo, já estavam vulneráveis a possíveis abusos.
Quais eram as principais técnicas de tortura utilizadas?
Alguns estudos mostram que a maioria da tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra se dava por comando dos alemães. Estes, criavam diferentes campos de prisioneiros, de 10m a 50m e lotados com centenas de homens ingleses e franceses.
Condições de alojamentos
Não haviam camas, apenas sacos de palha, e as condições sanitárias certamente eram lamentáveis. Além da tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra, eles ainda eram usados para carregar cadáveres ou reconstruir as trincheiras do inimigo na condição de escravizados.
Com isso, muitos eram maltratados e abusados nas tarefas, até mesmo deixados sem alimento (as condições de abastecimento já eram baixas, visto que o custo da guerra era alto. Mas mesmo assim ainda havia os que abusavam da situação).
Escoltados e jogados à sorte
Muitos relatos relacionados a tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra, mostram que a situação de um dia normal era ser escoltado para a retaguarda alemã, por um ou dois guardas. Assim eram enfileirados para fazerem atividades a eles destinadas.
A depender da urgência do combate, ou da quantidade de soldados, os comandantes aproveitavam aqueles prisioneiros que conseguiam andar para levar feridos, fossem inimigos ou camaradas prisioneiros de guerra.
Outras vezes, relatos de tortura dos prisioneiros da Primeira Guerra diziam que enquanto uns tinham a sorte de receber um cigarro de alguém, outros recebiam um tiro na cabeça, então o terror psicológico era constante.
Terra de ninguém
O caminho para a retaguarda inimiga, era um tanto tortuoso. Isso porque os prisioneiros de guerra passavam por locais não seguros, próximos de onde o fogo de artilharia batia. E tal fogo de artilharia vinha exatamente de seus ex companheiros e amigos de batalha, ou seja, do lado oposto da sua prisão. A este espaço entre as trincheiras inimigas deu-se o nome de Terra de Ninguém.
A vida nos campos
Quando já nos campos “apropriados”, os prisioneiros de guerra eram forçados a depender da comida dos alemães, o que poderia deixá-los em um estado constante de fome. Isso, por si só, já causava depressão física e psicológica.
A tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra por meio da falta de comida era realmente o que desmoralizava eles, como veremos a seguir.
Qual foi o impacto da tortura nos prisioneiros de guerra?
Os relatos de guerra por parte dos prisioneiros, expressam o quanto isso impactou suas vidas ou o que restava delas. Muitos prisioneiros de guerra, vivendo sem nutrição necessária, expostos á tortura e ao clima congelante, foram contagiados com a gripe pneumônica (Europa em 1918).
A falta de comida, como narramos, era o grande problema na tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra. A fome os levava até situações de desespero e de violência contra os guardas alemães, bem como entre companheiros de prisão.
O roubo de comida da cozinha ou dos postos onde se armazenavam as encomendas, também era comum. Mas a punição com violência, logo viria. Geralmente, a situação da fome findava assim que os envios de comida da Cruz Vermelha Internacional chegavam.
Sendo que aqueles prisioneiros que não estavam registados, teriam a fome cessada e a subnutrição tratada de fato apenas com o fim da Grande Guerra.
Quantos prisioneiros de guerra foram torturados durante a Primeira Guerra Mundial?
A Grande Guerra, como um evento sem precedentes na história, ocasionou uma lista infinita, tanto de mortes quanto de prisioneiros de guerra.
Segundo os estudos encontrados, a quantidade de baixas passa dos milhões. Eram considerados os mortos em combate, os prisioneiros de guerra, os homens desaparecidos, feridos e os que sofreram com a “gripe espanhola”.
A tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra Mundial, através da fome, violência e terror psicológico, foi um problema que atingiu mais de 2 milhões de combatentes presos – e isso somente na Alemanha.
Também houve os milhares de prisioneiros de guerra que foram liberados, mas que ocasionalmente morreram no caminho de casa. Mais uma vez, por conta da subnutrição.
A tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra Mundial foi um crime de guerra?
Quando um soldado era prisioneiro de guerra, a situação era bem delicada. Por isso, a tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra Mundial foi considerada real. Porém, há dúvidas quanto à existência de uma lei que abordasse o tema naquele momento.
Na teoria, os combatentes tinham somente a Convenção de Haia de 1907 como o primeiro modelo para os tratos a feridos e prisioneiros de guerra. Contudo, a própria convenção ditava que os prisioneiros de guerra ficavam sob a guarda do Estado captor, que poderia usar a força deles para o trabalho interno.
Fato é, que as regras foram quebradas e muitos exageros e abusos ocorreram. Apesar do assunto denso, esperamos ter contribuído com algumas informações sobre a tortura dos prisioneiros de guerra na Primeira Guerra. Você pode conferir mais temas assim no nosso site.