Pré guerra: o que aconteceu antes da primeira guerra mundial?

Pré guerra: o que aconteceu antes da primeira guerra mundial?
Pré guerra: o que aconteceu antes da primeira guerra mundial?

Até mesmo entre os aficionados por História, os acontecimentos que vieram antes da Primeira Guerra Mundial ainda são um mistério, ou ao menos não muito conhecidos. Mas é importante conhecer a configuração do mundo, especialmente da Europa, na época que antecedeu o maior conflito armado até aquele momento. 

Quais fatores mobilizaram a Europa antes da primeira guerra mundial?

Uma guerra, ainda mais uma de escala sem precedentes, não ocorre por motivos pontuais. Em outras palavras, antes da Primeira Guerra Mundial, o continente europeu foi palco de uma série de acontecimentos, que podem ser tidos como as verdadeiras causas da guerra, como se o mundo estivesse em franca preparação para a chegada do conflito. 

Quais fatores mobilizaram a Europa antes da primeira guerra mundial?
Fatores que mobilizaram a Europa. Fonte/Reprodução: original.

Os fatores que mobilizaram o continente antes do conflito podem ser compreendidos nos termos da Revolução Industrial.Isso levou a uma competição acirrada por mercado entre potências europeias, o que basicamente desencadeou uma série de acontecimentos que também podem ser ligados às causas da Primeira Guerra. 

Revolução industrial

Merece destaque a Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra. Isso aconteceu ao cabo do século XVIII e continuou ao longo do próximo. Obviamente, a produção industrial não se confinou na ilha britânica. Logo, outros países europeus aderiram a esse novo modo de produção.

O que torna a Revolução Industrial um evento de escala sem precedentes é o uso da máquina, que substituiu a mão de obra artesanal. Com isso, a produção tornou-se gigantesca e causou a necessidade de novos mercados para o escoamento de produtos. Além de uma série de problemas que envolveu a sociedade de cada um dos países que aderiram às fábricas.

A Paz Armada antes da primeira guerra mundial

O termo “paz armada” exemplifica muito bem o estado de tensão absoluta do mundo pouco antes da Primeira Guerra Mundial. De fato, o gatilho para todo o conflito ocorreu no famoso atentado de Sarajevo, na Bósnia. Mas é inegável que todas as nações envolvidas na guerra já estavam prontas, de fato na expectativa pelo conflito iminente. 

Ainda que o mundo estivesse em “paz”, as principais potências europeias já haviam entrado em uma franca corrida armamentista. Os historiadores afirmam que o mundo era um genuíno barril de pólvora no início do século XX, especificamente até o ano 1914, quando a guerra teve início.

Obviamente, o armamentismo não surgiu espontaneamente. O fim das monarquias absolutistas na Europa, que coincidiu com a Revolução Industrial, foi uma das maiores causas para o surgimento de alguns movimentos que prepararam o mundo para a chegada daquela que foi chamada de “a Grande Guerra”. Esses eventos foram conhecidos como imperialismo, nacionalismo e antigermanismo.

O Imperialismo

A Revolução Industrial explica o Imperialismo, pois a lei do mercado é a expansão. Especialmente no fim do século XIX, a partir de 1870, o poder das indústrias e de seus donos se tornou exacerbado. Para uma empresa sobreviver no mercado, era necessário crescer e monopolizar. Mas, naquele ponto, somente a Europa não seria o suficiente para expandir.

O Imperialismo
O que foi o imperialismo. Fonte/Reprodução: original.

Foi nesse momento em que as nações européias passaram a usar suas colônias, especialmente na Ásia e África, como territórios para a expansão industrial. 

O Nacionalismo

O que começou como uma competição de mercado rapidamente evoluiu para uma corrida armamentista, uma vez que a disputa por território é uma das causas primárias de qualquer conflito armado. O nacionalismo surgiu porque os governos das potências européias usaram o sentimento de proteger a pátria para que os cidadãos comuns apoiassem a guerra quando esta finalmente acontecesse.

O Antigermanismo 

Certamente, uma das maiores causas do conflito foi o antigermanismo, que é basicamente o sentimento de revanche contra a Alemanha, que de fato tornou-se uma potência industrial, mas que ficou com a menor parte das colônias. A ascensão militar e econômica da Alemanha fez com que ela colecionasse inimigos.

A França ainda amargava a perda do território da Alsácia Lorena, que era uma terra rica em minério de ferro. A Inglaterra tinha receio de seu mais novo concorrente. A Rússia, por sua vez, demonstrou sua desaprovação no fato da Alemanha tentar construir uma linha ferroviária que ligaria Bagdá e Berlim, mas que atravessaria o território russo, rico em petróleo.

As alianças militares

Com o sentimento antigermânico em alta, obviamente a Alemanha se movimentou em alianças militares, com intuito de se proteger e de atacar, na busca por maiores e melhores territórios. Por outro lado, os inimigos tradicionais da Alemanha também se reuniram, na expectativa de um conflito.

A Tríplice Aliança

No ano de 1882, a Alemanha firmou um pacto militar de mútua proteção com o Império Austro-Húngaro e com a Itália. 

A Tríplice Entente

Para contrabalancear a poderosa tríplice Aliança, três países formaram o seu próprio pacto militar. Foram exatamente a Rússia, a Inglaterra e a França: tradicionais inimigas da Alemanha.

Ao perceber todas as peças em movimento, torna-se mais fácil explicar as tensões do mundo antes da Primeira Guerra Mundial. As nações envolvidas no conflito já encontravam-se em franca competição industrial pelo menos um século antes. Todos os atores e eventos históricos mostram o quanto a Grande Guerra tornou-se um trágico evento histórico inevitável.

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Wanderson Queiróz

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