O que é o etnocentrismo que tantos falam e associam com a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Holocausto e teorias antropológicas? Veja como o nosso texto pode te ajudar nesse assunto e muito mais.
Certamente, conviver com quem é diferente não é fácil, e infelizmente a tendência é sempre impormos a nossa cultura sobre o outro. Você sabia que essa atitude é uma forma de etnocentrismo? Mas o que é o etnocentrismo realmente? No texto iremos te explicar com mais detalhes.
Essa visão de mundo influenciou negativamente os estudos das culturas, ao ponto de trazer superioridade entre as raças e chegar a absurdos como o holocausto. Interessado em aprender mais sobre o que é o etnocentrismo e sua origem, não perca essa leitura!
O que é etnocentrismo?
O que é o etnocentrismo, em resumo, é uma visão de mundo a partir de uma única perspectiva. Aquela que acontece quando as sociedades são vistas com base na própria experiência, sem considerar outras visões de mundo.
Com isso, começa a inferiorizar tudo aquilo que está distante do que você vive ou o outro vive, ou até mesmo daquilo que alguém acha “aceitável”. O etnocentrismo também está ligado ao conceito de cultura, é interessante entender que a cultura, os hábitos sociais e atividades são o tempo todo julgados.
Qual a origem do etnocentrismo?
Ler sobre o que é o etnocentrismo nos leva a perguntar “quem inventou o conceito de etnocentrismo?”.
Conseguimos observar o que é o etnocentrismo no estudo no início do Século XX pelo antropólogo britânico Edward Tyler, por exemplo. Ele relacionou a questão evolucionista e a existência de cultura superior e inferior.
Entretanto, o etnocentrismo sempre existiu entre os europeus, os quais acreditavam que a cultura deles era a certa e que as demais deveriam ter os mesmos valores.
Exemplos do etnocentrismo
Ao longo da história vários momentos de grande atenção exemplificam o que é o etnocentrismo. A começar pela Segunda Guerra Mundial e o Nazismo. São exemplos que de etnocentrismo:
- O nazismo da Segunda Guerra Mundial, cuja crença que dominava era a superioridade da raça ariana;
- A Guerra Fria pela visão dos Estados Unidos contra a visão da União Soviética como competição de qual cultura era melhor.
Outros exemplos de o que é o etnocentrismo, estão presentes também na intolerância religiosa e a xenofobia, por exemplo.
Relação do etnocentrismo e o racismo
Apesar de bem comparados, a relação do etnocentrismo e sua relação com o racismo é próxima, mas de distância quanto às ideologias.
O etnocentrismo explica uma atitude ou um modo de pensar que coloca o próprio grupo étnico no centro das atenções, o racismo é a discriminação contra outra raça a ponto de fazer algumas raças serem superiores. Apesar dessas diferenças, o etnocentrismo e o racismo estão intimamente relacionados.
Essa ideia de que um grupo étnico é superior – base de o que é o etnocentrismo – cai na crença de que as diferenças raciais são inatas e inevitáveis. Por sua vez, a crença do etnocentrismo pode ser usada por muitos para justificar a discriminação que cometem.
Relação do etnocentrismo e a xenofobia
Vimos o que é o etnocentrismo como sendo a atitude de considerar a própria cultura como superior. Assim, a xenofobia é o medo ou aversão a estrangeiros, algo que pode estar relacionado com o que é o etnocentrismo.
Quando as pessoas são etnocêntricas, elas tendem a ser mais xenofóbicas, já que acreditam que os outros são diferentes e potencialmente “perigosos”. A xenofobia pode levar à discriminação, à violência e até às guerras, por exemplo, o que é o etnocentrismo em relação à Primeira Guerra Mundial.
Enfim, visto o que é o etnocentrismo, a xenofobia é a aversão ao que é estrangeiro, ou seja, aversão ao que veio de fora. Uma visão do etnocentrismo nessa relação, parte da sua própria cultura para estabelecer uma hierarquia cultural.
Quais as críticas contra a visão etnocêntrica?
Foi o alemão Franz Boas (1858-1942) que trouxe seu estudo de antropologia e o que é o etnocentrismo, para romper tal expressão. Com o argumento do relativismo.
O tal relativismo sobre o etnocentrismo fala que não existe uma cultura certa ou errada, mas sim culturas diferentes. O relativismo entende que não podemos avaliar a cultura de uma pessoa segundo um padrão, ou o que determina uma cultura como ponto de partida.
A crítica aqui vai contra o etnocentrismo e certa “cultura dominante”, por exemplo, por compreender os valores daquela cultura. Temos, portanto, o relativismo cultural, que o leitor já deve ter ouvido falar. Isto é, reconhecer a diversidade de todas as culturas.
Só que isso não significa normalizar o absurdo que descobrimos sobre desse conceito de “padrão cultural” ou “cultura superior”.
Qual relação do etnocentrismo e a Primeira Guerra Mundial
Muito se fala sobre o que é o etnocentrismo na Segunda Guerra Mundial por conta do nazismo, porém, essa relação começa na Primeira Guerra Mundial, e também foi real e assustador.
Para o leitor pegar uma referência é só ver que a Primeira Guerra Mundial foi um conflito etnocêntrico. Isso porque as nações lutaram para controlar e dominar as outras nações (seus territórios).
Entender o etnocentrismo na Primeira Guerra Mundial é saber que os soldados foram enviados não somente para lutar por seus países, mas também pelos seus modos de vida e pelas próprias culturas. Consegue imaginar que muitas das atrocidades na Primeira Guerra, das quais os soldados cometeram, eram realmente xenofóbicas?
O maior exemplo sobre etnocentrismo (extremo) foi o Genocídio Armênio. Ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, onde os turcos otomanos iniciaram perseguições e execuções contra milhões de etnia armênia. A razão: os armênios eram cristãos e isso era como um perigo para o império otomano.
Apesar de não haver uma fórmula mágica que possa erradicar de vez o etnocentrismo, esperamos que essa matéria sobre “O que é o etnocentrismo” sirva de estudo para o bem.
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