Qual o papel das mulheres durante a Primeira Guerra?

Qual o papel das mulheres durante a Primeira Guerra?
Qual o papel das mulheres durante a Primeira Guerra?

As mulheres um dos papéis mais importantes durante a Primeira Guerra Mundial. A participação delas foi essencial para a manutenção econômica dos países participantes – com a entrada delas no mercado de trabalho e auxílio aos soldados no campo de combate. Isso fez com que a luta pelos seus direitos ganhasse bastante força.

Nesse período a mulher saiu da sua função padrão de ser apenas a cuidadora do lar e virou um elemento estratégico, elas substituíram os homens em trabalhos que nunca imaginariam que um dia chegariam a realizar, como: funcionárias de banco, garçonetes em cafeterias, professoras em escolas majoritariamente masculinas e até condutoras de bondes.

Como foi o papel das mulheres na Primeira Guerra?

A Primeira Guerra mudou de forma drástica boa parte do papel da mulher na sociedade. Em meio a um contexto em que homens tinham que ir para o campo de combate, às mulheres tiveram que substituí-los no mercado de trabalho tradicional e se tornaram responsáveis por prover tanto o lar como a sociedade civil.

Quais funções elas exerciam?

Um dos fatores importantes da participação das mulheres foi o auxílio aos soldados durante esse período, como: incentivar os maridos e filhos a participarem do combate, na ajuda da realização de atividades assistenciais da organização militar, trabalho de enfermeiras, motoristas de ambulância e cozinheiras. 

Como foi o papel das mulheres na Primeira Guerra?
Mulheres enfermeiras na guerra. Fonte/Reprodução: original.

Outra participação importantíssima delas foi na produção bélica, operárias de fábricas que produziam armas para a guerra.

Quais as mudanças ocasionadas pelas mulheres indo para a Primeira Guerra?

A ida das mulheres para o combate foi uma grande ruptura social, pois vimos um protagonismo maior da mulher, essencial para ajudar os homens no campo de combate, além de ajudar a estrutura da sociedade enquanto os homens estavam focados totalmente na guerra.

As primeiras mulheres nas forças armadas

Em 1916, a Inglaterra criou o primeiro serviço militar formado totalmente por mulheres. Chamadas de “Queen Mary’s Army Auxiliary Corps”, o grupo exercia vários tipos de serviços de assistência aos soldados ingleses, como datilografia, enfermagem, pilotagem de ambulância e ensino de novas línguas.

Em síntese, todo o trabalho exercido por elas estavam ligadas às atividades “meio” da conjectura militar. Após o fim da grande guerra, foram contabilizadas mais de 50 mil mulheres alistadas no exército inglês.

Outra participação importante das mulheres foi no exército russo no ano de 1917. Após muitos homens terem saído do exército durante o combate, o governo criou alguns batalhões femininos, apesar do desprezo dos demais soldados.

Tudo iniciou por conta de uma mulher que queria participar, Maria Botchareva, que inicialmente participou como enfermeira, mas via que podia ajudar na guerra de outra forma. Surpreendentemente ela foi autorizada a participar do confronto. 

Sua participação foi muito significativa, ela conseguiu retirar vários feridos do campo de batalha e salvou a vida deles. Isso ajudou que ela fosse promovida ao cargo de oficial não comissionada. 

Mulheres substituem homens na mão de obra trabalhista

Em decorrência do grande número de homens na guerra, o mercado de trabalho formal acabou afetado por isso, escassez na produção de suprimentos por conta da falta de mão de obra presente em fábricas e no campo.

Por isso, no dia 7 de agosto do ano de 1914, o então presidente do conselho da França, René Viviani, foi o primeiro a pedir para que as mulheres fossem para o mercado de trabalho. Na época era vital que isso ocorresse, pois se tratava de um período de forte colheita.

Entretanto, foi somente após 1915 que a mulher começou a assumir espaços maiores nos campos de trabalho, como em fábricas de produção bélica, colheita de alimentos e outras matérias primas importantes para o consumo. 

As Sufragistas

Mediante a um contexto de consolidação de sociedades modernas, principalmente na Europa pós Revolução Francesa e Industrial, as mulheres começaram a ter cada vez mais protagonismo na sociedade. Contudo, alguns direitos ainda estavam sendo reivindicados pelos movimentos feministas da época, em destaque, um denominado de “Sufragistas”, que começou na Inglaterra e prosseguiu pelo mundo.

As Sufragistas
Sufragistas nas ruas. Fonte/Reprodução: original.

Suas reivindicações estavam ligadas aos direitos de igualdade jurídicas com os homens, pois na época elas não possuíam direitos básicos como o de trabalhar, se divorciar e poder votar ou se candidatar a algum cargo político. Foi o movimento que iniciou com garotas da classe média britânica e serviu de inspiração para outros movimentos feministas no resto do mundo.

 O direito ao voto

Ao passo que a mulher entrava em campos que antes era majoritariamente formado por homens, era visto o quanto eram oprimidas em outros contextos. Uma de suas principais reivindicações estavam ligadas a conjuntura política, pois elas não tinham direito de votar e serem votadas.

Todo esse clamor se espalhou pelo mundo, principalmente depois da Primeira Guerra Mundial, pois foi visto o quanto é importante o papel da mulher no meio civil. Mesmo sendo bem limitado em comparação aos homens, as mulheres obtiveram o direito ao voto.

Considerações Finais

Apesar de carregar sempre um teor trágico, a guerra sempre traz rupturas importantes para a sociedade. No caso da Primeira Guerra, não foi diferente. Tivemos nela mudanças políticas, como a criação de novos países, como a Alemanha, Áustria e Turquia; Na tecnologia com o aperfeiçoamento dos aviões; E nas relações sociais com as mulheres em mais áreas da sociedade.

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Aline

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