O uso de civis como escudos humanos é terminantemente proibido, sendo considerado crime de guerra. Entretanto, ao longo da história essa situação cruel ocorreu algumas vezes.
A guerra em si já é brutal e quando a situação se agrava, esforços não são medidos para contornar qualquer adversidade. Se você deseja saber quando e porque recorreram a essa atitude tão extrema, continue lendo o artigo.
O que é um escudo humano?
Um escudo humano é uma tática de guerra, onde os soldados usam os civis como escudos humanos, visando a proteção contra ataques inimigos. Isso é feito para o lado oposto hesitar em atacar e possa até mesmo se render, para evitar baixas civis. Essa tática é considerada ilegal pelas leis internacionais de conflitos armados.
Por que os militares usam escudos humanos?
Os militares usam escudos humanos porque é uma maneira de evitar baixas entre seus próprios soldados. O uso de civis humanos é uma tática que coloca todos os indivíduos do escudo em extrema situação de risco, mas para algumas nações isso pode ser considerado um sacrifício necessário para proteger seus próprios soldados, e ganhar a guerra.
Além disso, os militares também podem usar civis como escudos humanos para influenciar a opinião pública nacional e internacional. Se um inimigo atacar civis inocentes, a culpa pode ser colocada em seus ombros, levando a carga negativa e causando repercussão em todo o mundo
Qual foi o primeiro caso registrado de uso de escudos humanos?
É difícil saber quando foi o primeiro caso de uso de civis como escudos humanos. Entretanto se sabe que essa prática foi usada em diversas guerras ao longo da história da humanidade, alguns exemplos são: a Guerra do Vietnã, a Guerra do Golfo e a Guerra do Iraque e a Primeira Guerra Mundial.
Em termos de normas, a Primeira Guerra Mundial ficou conhecida como um retrocesso, pois existem inúmeros casos de quebra às regras, o uso de civis como escudos humanos foi uma delas. Durante a Batalha de Liège, em 1914. As forças alemãs avançaram em direção a Liège, na Bélgica, onde estava um exército belga.
Os belgas, logo notaram que não podiam resistir por muito tempo aos ataques alemães, recuaram para a cidade de Liège e se refugiaram em prédios e casas, usando os civis como escudos humanos.
Como os civis são escolhidos para serem escudos humanos?
Existiram diversas formas desse acontecimento terrível. No caso do exemplo de Liège, os civis não sabiam estarem sendo usados, logo, a prática ocorreu sem consentimento.
Outras vezes, os soldados conseguiram por meio de ameaças de morte. Em raríssimos casos isso ocorreu consensualmente, entretanto, isso é mais comum em manifestações pacíficas, como ocorreu na resistência liderada pelo conhecido pacifista Mahatma Gandhi.
Além disso, acontece de prisioneiros da própria nação, ou prisioneiros de guerra da nação inimiga, serem usados dessa forma.
Os escudos humanos têm direitos?
A respostas é sim! Pois o uso de civis como escudos humanos é uma prática fora da lei. O direito internacional humanitário proíbe o uso de civis como escudos humanos e obriga as partes envolvidas no conflito a proteger os civis de qualquer ato que possa causar danos ou ferimentos.
A Convenção de Genebra de 1949 e seus protocolos adicionais estabelecem normas claras para a proteção de civis em conflitos armados, proibindo o uso de civis como escudos humanos e exigindo que as partes em conflito respeitem a vida e a integridade física dos civis. Ademais, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros tratados internacionais afirmam que todos os seres humanos têm direito à vida, liberdade e segurança pessoal.
No entanto, infelizmente, apesar da existência de leis e convenções internacionais, o uso de escudos humanos ainda é comum em conflitos armados em todo o planeta. Muitos civis são forçados a se juntar aos militares ou grupos armados como forma de proteção, e as consequências são trágicas.